segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O COMPUTADOR NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

VALENTE, José Armando (org.), O computador na sociedade do conhecimento. Livro 2. Proinfo. (Coleção Informática para a mudança na Educação)
O livro “O Computador na Sociedade do Conhecimento”, foi muito bem organizado pelo Prof. José Armando Valente, onde o mesmo conseguiu reunir um conjunto de artigos cujo cunho teórico foca no papel da escola para cm a preparação dos estudantes para as mudanças e a realidade encontrada no mundo. O autor fundamenta de uma forma bem clara as ações da formação de educadores na área de informática na educação além de abordar a introdução do computador nas atividades de sala de aula.
A mudança é a tônica de todos os capítulos deste livro. A proposta de utilização da informática para o processamento da informação e a construção de conhecimento dá origem a novas propostas pedagógicas, nas quais a compreensão da indissociabilidade entre ensino e contexto cultural promove a interação da escola com as demais instituições sociais, produzindo transformações em todos os segmentos.

domingo, 18 de setembro de 2011

EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO MELHOR (EDUCAÇÃO DO CAMPO)

Desde a década de 1920 a educação do campo começou a fazer parte da problemática educacional. Mesmo depois da expansão das escolas a educação encontrava-se precária, sem garantira escolaridade mínima fundamental aos homens do campo. A educação do campo não surgiu do vazio e nem de iniciativas do poder público, a mesma surge de um movimento social dos trabalhadores do campo mobilizados por uma luta social.
O trabalho no campo desenvolve-se e abrange um conjunto de atividades num espaço amplo e diversificado, constituindo assim um espaço de trabalho, de vida, de relações sociais e de cultura, mas também é um espaço de grande exploração de trabalhadores. Os avanços da exploração capitalista e o processo de modernização da agricultura fortalecem as unidades de produção, e assim são impostas novas condições para lucratividade, a pequena produção se torna subordinada ao capital, aos complexos agroindustriais e as cooperativas capitalistas.
A modernização transforma o latifúndio em uma empresa capitalista, acentuando uma grande concentração de propriedades, isso acaba gerando muita desigualdade social, destruição da agricultura familiar, devastação e degradação dos empregos rurais, alem de destruírem o meio ambiente a miséria se torna uma epidemia.
Se compararmos a população do campo com a cidade, percebemos que as diferenças são razoáveis, pois a população do campo esta convivendo com a mesma realidade encontrada nas cidades, o desemprego, a precarização, trabalho intensificado e informal e descaso por parte do poder público.
Em oposição ao processo de capitalização, os movimentos e a população do campo cansado de serem vitimas do processo de exclusão, não reivindicam apenas terra, exigem trabalho e escolas para seus filhos. Segundo Martim (apud VENDRAMINI, 2007) querem a reformulação das relações sociais e a ampliação dos direitos sociais.
Nas palavras de Canário (apud VENDRAMINI, 2007) assevera-se que pensar a escola é refletir, em primeiro lugar, sobre o espaço em que se situa, suas necessidades e fragilidades, mas também suas potencialidades. A escola precisa estar em sintonia com as mudanças que acontecem no local com as novas necessidades criadas e recriadas e com as expectativas de formação que vão se constituindo de acordo com o modo de vida e de trabalho, que também estão sem transformação.
A educação do campo associada a um movimento social, se articula e cria condições para a vida no campo. A sustentação da defesa de uma educação é o reconhecimento de uma realidade de trabalhadores que continuam resistindo para produzir sua vida no campo.
Para pensarmos em um projeto de educação do campo, devemos verificar sua sustentabilidade em termos econômicos, sociais e culturais, reconhecer que a realidade precisa ser alterada em vista a crescente pobreza, o desemprego, as desigualdades e as dificuldades de acesso público.
A escola deve estar em sintonia com as mudanças ocorridas nos locais, com as necessidades que vão surgindo e com as formações que se constituem de acordo com o modo de vida e trabalho, os mesmos constantemente em transformação.
Portanto os movimentos sociais do campo não exigem apenas uma Reforma Agrária, mas também por uma educação   de qualidade e escolarização para uma população historicamente esquecida por parte do poder público e pela sociedade. O movimento propõe desenvolver ações políticas que alem de educativas direcionam a formação para o aspecto técnico e escolar, e principalmente político, fazendo assim essa luta cada vez mais forte.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INFORMÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

O Livro da autora Elizabeth Bianconcini, apresenta uma análise relacionada às atividades de formação do professor em diferentes instituições. Apresenta ainda as diretrizes de uma teoria norteadora que possa orientar a formação de professores para o uso pedagógico do computador em quaisquer modalidades, seja nas escolas ou nas universidades.

O espaço educacional necessita ser visto de uma forma mais ampla, mais inovadora, e pra isso se faz necessário inserir essas novas tecnologias dentro desse espaço para situar seus alunos nesse mundo de constante evolução. No entanto esta ainda é uma questão a ser muito discutida, por envolver diversos fatores que são essenciais para a sua existência de fato na realidade.
A inserção da tecnologia nas escolas, além da estrutura e de equipamentos adequados, exige também a existência de profissionais capacitados, para orientar e ajudar seus alunos a utilizá-las de forma correta. Esta é uma dentre muitas dificuldades encontradas atualmente, pois nem mesmo o ensino básico possui as condições essenciais para que o ensino se realize na sua forma plena, além de muitas crianças não freqüentarem as escolas por terem uma vida muito humilde e simples tendo assim que trabalhar desde cedo para ajudar a sustentar sua família. E tudo isso vem acompanhado com a resistência de muitos professores, habituados a seus costumes antiquados e sem inovações, com o intuito apenas de repassar informações para o aluno, apenas acumular conhecimentos, sem uma visão crítica e inovadora.
A tecnologia não é tudo, ela não é simplesmente a solução para todos os problemas, deve-se também inovar nas formas de ensinar, e a tecnologia pode auxiliar essa mediação entre aluno-professor, proporcionando formas diferentes no modo de ensino para facilitar a aprendizagem e compreensão daquilo que se propõem em sala de aula, buscando uma visão mais além, bem como aplicações e transformações inovadoras deste aprendizado no mundo ao qual se este inserido, a fim de desenvolver o ensino em diferentes áreas do conhecimento através dos computadores.
O processo ensino-aprendizagem precisar ser modificado deve-se enfatizar a aprendizagem ainda mais que o ensino, valorizar e proporcionar a construção do conhecimento e não a instrução. Mas este é um processo que não é fácil, a informática não deve ser simplesmente uma junção com a educação, mas sim a integração entre si e à prática pedagógica, uma mudança não só do professor mais do planejamento pedagógico da escola, bem como a mudança de pensamentos e diretrizes, favorecendo a formação de cidadãos mais críticos e independentes para a construção de seu próprio conhecimento, atingindo diretamente as mudanças de pensamentos e atitudes, construindo uma sociedade mais justa e com qualidade de vida. Profª: Lúcia Serafim
MARIA ELIZABETH BIANCONCINI DE ALMEIDA
Professora da Faculdade de Educação da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Mestre e doutoranda em Educação: Currículo na PUC-SP
Ex-professora da Universidade Federal de Alagoas, onde
coordenou o Núcleo de Informática na Educação Superior.